Mario Puzo (1920-1999). |
AVISO:
O post a seguir não contém crítica sobre nenhuma das obras citadas (e
muito menos spoilers). Tem somente a intenção de apresentar a obra de Mario
Puzo e suas várias adaptações para o cinema e continuações.
Presente em qualquer lista de melhores filmes de todos os tempos, a trilogia O Poderoso Chefão (ah, tudo bem, o terceiro filme não é tão bom assim) contou nos cinemas a história da família de mafiosos, os Corleone e concorreu a 28 oscars, conquistando 9, sendo 2 de Melhor Filme.
O responsável por levar a família
Corleone aos cinemas foi o diretor Francis Ford Coppola, mas quem criou o
universo e os personagens principais foi o escritor ítalo-americano Mario Puzo. O universo da máfia, sua
criação e sua presença nos Estados Unidos foi abordado por Puzo em muitos
de seus livros, porém O Poderoso Chefão é sem dúvida o mais famoso.
"Os homens mais ricos são aqueles que possuem amigos mais poderosos" .
O Poderoso Chefão (ou “O Padrinho”,
em tradução livre do nome original: The Godfather) é um livro escrito por Mario Puzo e publicado em 1969. O
fio condutor do livro é a disputa entre a família Corleone e as outras famílias
que comandam a máfia em Nova York logo após a Segunda Guerra Mundial, mas a
história principal gira em torno da mudança de poder dentro do próprio clã Corleone,
quando o chefe, e criador de todo o
império da família, precisa encontrar entre os seus filhos aquele que
vai ficar no seu lugar.
Don Vito Corleone é o mafioso mais poderoso dentre as cinco grandes famílias de Nova York, mantém em seu poder (seu bolso!) policiais, delegados, juízes e políticos. Por trás de uma fachada de empresário do ramo do azeite, Don Vito comanda uma enorme organização criminosa composta por seu Consigliere (conselheiro) e seus Capos (capitães), que por sua vez comandam os “soldados”. A maior fonte de poder de Don Vito Corleone, porém, está nas trocas de favores. Nesse caso, não importa o status da pessoa na sociedade, pode ser um grande astro de Hollywood ou um simples padeiro, o importante é lembrar que quem faz parte do círculo de favores deve obediência e respeito a Don Corleone, e principalmente, estar sempre presente para um dia pagar o favor recebido. Como símbolo dessa união, Vito Corleone pede que quem esteja sob sua proteção o chame de padrinho.
Don Vito Corleone é o mafioso mais poderoso dentre as cinco grandes famílias de Nova York, mantém em seu poder (seu bolso!) policiais, delegados, juízes e políticos. Por trás de uma fachada de empresário do ramo do azeite, Don Vito comanda uma enorme organização criminosa composta por seu Consigliere (conselheiro) e seus Capos (capitães), que por sua vez comandam os “soldados”. A maior fonte de poder de Don Vito Corleone, porém, está nas trocas de favores. Nesse caso, não importa o status da pessoa na sociedade, pode ser um grande astro de Hollywood ou um simples padeiro, o importante é lembrar que quem faz parte do círculo de favores deve obediência e respeito a Don Corleone, e principalmente, estar sempre presente para um dia pagar o favor recebido. Como símbolo dessa união, Vito Corleone pede que quem esteja sob sua proteção o chame de padrinho.
Adaptação e continuações no cinema:
O Poderoso Chefão (1972):
estrelado por Marlon Brandon e Al Pacino, como Don Vito e Michael Corleone,
respectivamente. O filme retrata o período de guerra entre as Cinco Famílias e
a ascensão do filho mais novo ao poder.
O Poderoso Chefão II (1974):
estrelado por Al Pacino e Robert De Niro. O filme é dividido em duas linhas
temporais que se entrecortam durante a trama. Em uma linha temporal é contada a
história de Vito Corleone, desde sua imigração da Itália para os Estados Unidos
até se tornar o famoso Don Corleone. Dessa forma, essa linha temporal, que é baseada em um dos capítulos do livro, funciona como
uma prequela às histórias do primeiro filme. Robert De Niro
interpreta o jovem Vito Corleone. Já na segunda linha temporal é apresentada uma
sequência aos eventos do filme anterior. Michael Corleone, agora Don, tenta
expandir seu poder e isso o leva a inúmeros conflitos com sua própria família. Essa
parte do roteiro é totalmente original, criada por Coppola e Puzo.
O Poderoso Chefão III (1990):
estrelado por Al Pacino e Andy Garcia. Nesse filme, Michael Corleone já
bastante debilitado, físico e emocionalmente, tenta a todo custo abandonar os
negócios ilícitos. O roteiro do filme é original e foi mais uma vez criado por
Coppola e Puzo. O Poderoso Chefão III não foi muito bem recebido pelo público e
pela crítica e é o único que não ganhou nenhum Oscar.
Continuações na literatura:
Após a morte de Mario Puzo em
1999, sua família e seu editor iniciaram um concurso para escolher um escritor
para a continuação do livro O Poderoso Chefão. Segundo eles, o próprio Mario
Puzo teria deixado essa prerrogativa para a família.
Mark Winegardner, foi o escolhido dentre vários outros autores para
dar continuidade a obra de Puzo na literatura. Winegardner escreveu dois
livros: A Volta do Poderoso Chefão e
A Vingança do Poderoso Chefão (The
Godfather Returns e The Godfather’s Revenge) lançados em 2004 e 2006.
Mark Winegardner e seus dois livros sobre a continuação da história de Michael Corleone. |
Winegardner tentou escrever sua
história de continuação da saga de Michael Corleone aproveitando as sequências
que Puzo e Coppola criaram para o cinema. Os novos livros preenchem as lacunas
temporais entre os três filmes, como pode ser visto na tabela abaixo publicada
no livro A Volta...:
O roteiro perdido e o novo livro:
Em 2011 foi anunciado que um
roteiro criado por Puzo e não utilizado nos filmes se tornaria livro pelas mãos de Ed Falco. O livro lançado nos Estados Unidos em 2012 se chama The Family
Corleone, porém ainda não foi publicado no Brasil. O roteiro que virou livro
conta a história da ascensão de Vito Corleone ao poder. Mas isso já não foi mostrado? Sim, tanto em um capítulo do livro
original quanto em uma das partes do segundo filme. O que se sabe é que Puzo
escreveu um roteiro que detalhava ainda mais essa história, porém o filme não
chegou a ser produzido. Ed Falco então escreveu um novo livro a partir desse
roteiro e sim, já há planos para transformar o novo livro em filme.
MOMENTO "WTF?": O roteiro que era para virar filme virou livro que agora
vai novamente virar roteiro para virar filme!
A Máfia em outros livros de Puzo:
O título desse post já deixa
claro que Mario Puzo trabalhou diversas vezes com o universo dos mafiosos.
Abaixo, listei algumas dessas obras:
O Siciliano: livro publicado em 1984, trata mais abertamente da cultura siciliana de máfia, representado através da história de Salvatore Giuliano (1922-1950), famoso bandido siciliano, abordado até pelo historiador Eric Hobsbawn que o descreveu como o último dos bandidos do povo. Parte da história de O Siciliano cruza com a história de O Poderoso Chefão, quando Micheal Corleone está exilado na Sicília. O livro foi adaptado para o cinema em 1987 pelo diretor Michael Cimino e estrelado por Christopher Lambert. Os personagens de O Poderoso Chefão descritos no livro, porém, não aparecem no filme.
O Último Chefão: lançado em 1996, confunde muitas pessoas que acham
que se trata de uma continuação de O Poderoso Chefão, principalmente por causa
do título brasileiro. O título original, porém, se chama The Last Don (o Último
Don). O livro trata de outra família de mafiosos, os Clericuzio, donos de uma rede criminosa na costa oeste dos Estados
Unidos.
Os Bórgias: último livro de Mario Puzo, publicado postumamente em 2001.Trata da vida do Cardeal Rodrigo de Borgia, na Itália do século XV, que se tornou o Papa Alexandre VI através de uma extensa rede de alianças criminosas que dariam origem às famílias mafiosas. Apesar de ter passado vários anos escrevendo o livro, Mario Puzo não conseguiu acabá-lo, o livro foi finalizado por sua companheira Carol Gino.
Outros livros de Puzo:
Seis Túmulos para Munique: publicado por Puzo em 1967 sob o pseudônimo de Mario Cleri. Conta a história de Michael Rogan, oficial da inteligência americana durante a Segunda Guerra que foi capturado e torturado pelos nazistas e que anos mais tarde planeja uma vingança contra seus torturadores.
O Quarto K: publicado em 1990, conta a história do mandato presidencial do fictício quarto Kennedy, Francis Xavier Kennedy. Este seria sobrinho dos famosos políticos americanos: John Kennedy, Robert Kennedy e Edward Kennedy. O Quarto K foi um fracasso de vendas.
Outros títulos de Mario Puzo são: A Guerra Suja (1955), O Imigrante Feliz (1965) e Os Tolos Morrem Antes (1978). Puzo ainda escreveu roteiros para o cinema: além dos roteiros da trilogia O Poderoso Chefão, ele também escreveu os roteiros de Terremoto (1974) e os dois primeiros filmes do Superman (1978 e 1980).
Nenhum comentário:
Postar um comentário